segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Inferno do Homem



Não é tanto pela sua omnipresença
Que a senhora da destruição é temida.
Divina bipolar dilaceradora da crença
De que de algum modo poder ser detida.

Entre nós desde os primórdios da criação.
Desafiando o Altíssimo Eva pegou a maçã proibida
Abdicando da eternidade cedeu à tentação,
Das entranhas do pecado a rainha ganhou vida.

Orgulhosa ímpia cujo apanágio é a destruição,
O veneno do medo coloca nas entranhas dos corajosos.
Questionando a lógica e desafiando a razão
Ao adiar o fim aos que por ele estão desejosos.

Nem mesmo o visionário do amor escapou
E nas garras dela o último suspiro entregou.
Em Gólgota pregado à cruz pelo Pai suspirou
Pelo perdão da assassina que a sua alma levou.

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