segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Liricamente Incompleto

Bem-vindo a esta viagem pelo meu âmago
Visita às entranhas de um soldado outrora dilacerado.
Rebelde, inaudito, selvagem conquistado
Por uma mulher que deu vida ao que estava acabado.

Perscrutando um coração que não é santo,
Vês que nada escondo atras de um manto,
Descobres que amor, compaixão é tudo que planto
Sustento o mundo com os braços nos quais encontras descanso.

Podia ser mais um propagador de niilismo,
Compromisso cobarde apanágio do cristianismo.
Agarro fortemente o simplicismo
Faço uma dedicação, não propaganda ao liricismo.

Doce, empresta-me um pouco do teu dom de amar
Que faz-me ir à lua e voltar.
Longa viagem que me faz imprecar
Pelo ar que o teu sorriso ousa-me tirar.

Liricamente incompleto
Tentando descrever-te sinto-me analfabeto.
Dúvidas lancinantes penetram o intelecto
Falando do divino incapaz de descrever o afeto.

Iniquidades sociais tornam marginais
Raros milagres que se tornaram banais.
Semblante divino que no teu quarto confinais
Perpetuando nesse espirito sentimentos incondicionais.

Num revolucionário foste a revolução
Aceleração, sopro de um gasto coração.
A tua essência desafia a razão,
Na desumanidade fizeste nascer compaixão.

Um improviso livre de dor que prevaleceu,
O sorriso, prova do orgulho de cada passo teu.
Tudo que preciso nesse olhar tão meu,
Regozijo pela maior obra que Deus concebeu.


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